terça-feira, 15 de maio de 2012

Passos Cegos


Com os olhos bem abertos e as traves a nos cercar.
Com os olhos bem fechados e os pés viciados em andar.
Vai chegando uma hora que , ora, ora, quem seremos,
e quantos passos cegos daremos para perceber,
o que acontece ligeiramente sobre nossos olhos.
O que acontece afirmativamente a entortar nossas versões de nós mesmos.
Recriada, instantanea, imperativa, sendo como for,
nossas maiores e melhores versões de nós mesmos nunca vão representar ao
sumo, quem realmente, tentamos, somos ou deixamos de ser.
Pagamos pelo que fazemos e pelo que deixamos de fazer. Ou seja, até nada é
tudo, e até tudo torna-se nada, na mais próxima perspectiva.

BRISA, Bárbara.

    14/07/2011

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